Novo Terminal Marítimo de Lisboa
A construção do Novo Terminal Marítimo de Lisboa é uma peça fundamental na reorganização das actividades portuárias que ocorrem na cidade de Lisboa.
Esta reorganização, que já permitiu à cidade ganhar extensas zonas de contacto com o rio, culminará com a existência de três áreas portuárias “pesadas”: Alcântara – Rocha Conde de Óbidos, destinada a contentores; Sta. Apolónia – Poço do Bispo, destinada a carga geral; e Jardim do Tabaco – Sta. Apolónia, destinada ao Novo Terminal de Cruzeiros.
Das três áreas portuárias, esta última tem um significado urbanístico especial, pela relação que estabelece com o centro histórico de Lisboa, e pela construção do novo terminal que gera uma oportunidade única para a criação de novos espaços públicos à beira Tejo.
A par do impacte urbanístico está a questão da eficiência do novo Terminal Marítimo, e a sua relação com os espaços urbanos envolventes, em particular com a rede viária que ditará o sucesso de operações que envolverão dezenas de pessoas e veículos em períodos de tempo muito curtos. Assim, foi desenvolvida uma solução de articulação com o tecido urbano existente, para além dos limites da área de intervenção a concurso, ajustando os perfis das ruas, alargando o passeio a norte e estreitando a rotunda.
O projecto propõe uma gare perpendicular ao rio, orientação pouco usual em edifícios deste tipo, organizada em 2 pisos e em torno dos 3 espaços principais: átrio de entrada, átrio de recolha de bagagem e átrio de check-in.
Para o espaço em frente à antiga Alfândega concebeu-se um jardim, num plano inclinado orientado para a cidade. Este novo espaço público no coração da cidade contribuirá para uma nova vida urbana permitindo usos múltiplos, informais ou programados junto à frente ribeirinha.